Pré candidato a prefeito em Novo Gama amarga mais uma derrota na justiça.

Christovam Machado, vereador e pré candidato a prefeito na cidade goiana de Novo Gama (Entorno de Brasília), pediu a justiça que reverte-se a decisão já tomada pela câmara de vereadores a respeito de seus salários não pagos no período em que esteve foragido da justiça.

O juiz que avaliou o caso entendeu ser indevido o pagamento de salários a vereador que não comparece ao trabalho por estar foragido da justiça, uma decisão óbvia e justa, pois garante que dinheiro público não seja utilizado de forma tão absurda.

Entenda o caso:

Por mais absurdo e constrangedor que pareça, há em Novo Gama um vereador ainda em exercício e com pretensão de se eleger a prefeito, que considera ético e moral receber salários referentes ao período em que esteve foragido da justiça. Você que está lendo esse artigo, caso ausente-se por mais de 30 dias do seu trabalho sem motívo justo, será sumariamente demitido, mas o tal vereador que apresenta indícios de sociopatia acha que as regras e leis que regem a sociedade comum não se aplicam a ele. O vereador Christovam Machado é investigado por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e por facilitar a fuga de um detento no presídio onde trabalhava, função essa que acumulava ao cargo de vereador.

Ainda em outubro de 2019, foi expedido um mandado de prisão em desfavor do vereador Christovam Machado, que apesar de afirmar ser inocente, decidiu na época fugir e assumir a condição de foragido da justiça. O caso foi um escândalo sem precedentes na cidade de Novo Gama, tendo em vista que o vereador fugitivo se portava como um perseguidor de corruptos e fazia discursos inflamados com graves acusações aos seus adversários políticos, acusações essas que nunca vinham acompanhadas de provas consistentes e nunca deram em nada.

Após cerca de três meses foragido, o vereador decidiu se apresentar a polícia migrando assim da condição de foragido para preso, após mais alguns meses, foi beneficiado com um Habeas Corpus, voltando assim a exercer suas atividades como vereador na cidade.

A câmara de vereadores de Novo Gama já havia deliberado e decidido com base no regimento interno e lei orgânica do município, que não há respaldo nem justificativa para o pagamento de salários a um vereador em condição de foragido, porém, Christovam Machado não ficou satisfeito com a decisão de seus pares e apelou a justiça para que interferisse em uma decisão política já tomada pela câmara de vereadores.

O juiz responsável por avaliar o caso entendeu não haver justificativa para pagamento de salários a vereador foragido da justiça e foi além ao esclarecer que decisões políticas tomadas pela câmara não devem sofrer interferência da justiça, pois a separação entre os poderes definida na constituição brasileira exige que seja assim.

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